Guerra do Tráfico:como o desejo é produzido novembro 28, 2010
Posted by pedrocs20 in artigos, intervenção, mídia.add a comment
Atualmente temos acompanhado uma massiva divulgação nos veículos de comunicação das operações policiais em andamento na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão, estas, são colocadas como uma reação aos ataques feitos por facções criminosas através do terror quando da colocação de fogo em carros e ônibus por todo Rio de Janeiro. Porém, além dos fatos apresentados, é disseminada a idéia do fim do tráfico de drogas na cidade, já que os traficantes estão perdendo os seus territórios. Nesse sentido, a idéia que vem imediatamente na cabeça da população do Rio é a de que todo o esforço é necessário para esse objetivo e também de que os fins justificam os meios, ou seja, “MATEM TODOS OS TRAFICANTES NECESSÁRIOS, LAVAMOS AS NOSSAS MÃOS!!!”. Aliada a idéia de que a copa do mundo e os jogos olímpicos ocorrerão na cidade maravilhosa, a aceitação do extermínio do crime desorganizado no interior das favelas fica ainda mais fácil, “AFINAL, QUEREMOS NOSSA CASA LIMPA PARA RECEBER OS TURISTAS NA COPA RSRS”.Quando a tropa da elite sobe o morro, não há questionamento algum por parte dos telespectadores que recebem informações irrelevantes o tempo todo e assistem a um filme hollyhoodiano. Será mesmo que é o fim do tráfico de drogas?, A simples retirada da oferta acaba com a imensa demanda por cocaína e maconha existente na cidade? Por que a maioria das favelas ocupadas pelas UPPs são do comando vermelho? Que tipo de tráfico irá surgir? Será o fim da violência? .Bom, essas e outras questões não devem ser respondidas, pois não existem respostas diretas, mas elas abrem espaço para o debate. Infelizmente nessa história toda o papel da mídia é o de alienar e imbecilizar o telespectador. Segue abaixo um texto muito bom de Noam Chomsky. Divirtam-se
Noam Chomsky: As 10 estratégias de manipulação midiática
O linguista Noam Chomsky elaborou a lista das “10 Estratégias de Manipulação”através da mídia.
1. A estratégia da distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado; sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja com outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).
2. Criar problemas e depois oferecer soluções. Esse método também é denominado “problema-ração-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público a fim de que este seja o mandante das medidas que desejam sejam aceitas. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o demandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para forçar a aceitação, como um mal menor, do retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços púbicos.
3. A estratégia da gradualidade. Para fazer com que uma medida inaceitável passe a ser aceita basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4. A estratégia de diferir. Outra maneira de forçar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e desnecessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para acostumar-se à idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5. Dirigir-se ao público como se fossem menores de idade. A maior parte da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade mental, como se o espectador fosse uma pessoa menor de idade ou portador de distúrbios mentais. Quanto mais tentem enganar o espectador, mais tendem a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Ae alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, em razão da sugestionabilidade, então, provavelmente, ela terá uma resposta ou ração também desprovida de um sentido crítico (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.
6. Utilizar o aspecto emocional mais do que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional e, finalmente, ao sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos…
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais menos favorecidas deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que planeja entre as classes menos favorecidas e as classes mais favorecidas seja e permaneça impossível de alcançar (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade. Levar o público a crer que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.
9. Reforçar a auto culpabilidade. Fazer as pessoas acreditarem que são culpadas por sua própria desgraça, devido à pouca inteligência, por falta de capacidade ou de esforços. Assim, em vez de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se auto desvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E sem ação, não há revolução!
10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem. No transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência gerou uma brecha crescente entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento e avançado do ser humano, tanto no aspecto físico quanto no psicológico. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior do que o dos indivíduos sobre si mesmos.
por Noam Chomsky Linguista, filósofo e ativista político estadunidense. Professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts
Tradução: Adital
Ser ou não ser políticos, eis a questão (será?) julho 24, 2010
Posted by pedrocs20 in artigos, intervenção, mídia.1 comment so far
Todos nós sabemos ou deveríamos saber que política, não é apenas partidária, ou seja, viver em sociedade, ter uma identidade ou não, ligar a televisão ou talvez beber um simples copo d’água também são atos políticos. Ouvimos um discurso (principalmente em época de eleição) que “só o voto pode mudar o nosso país” e dentre outras frases de efeito que “a eleição é a festa da democracia”. Não existe um poder transcendente nas mãos de um detentor que faz dele o que bem quer, mas, é fato que nosso povo concede aos meios de comunicação e aos partidos políticos ligados à eles muito poder. A antiga retórica que coloca a falta de educação como fator que explicaria o domínio da grande mídia sobre o povo brasileiro cai por terra, quando vemos a capacidade e a disposição que tem o nosso povo para sobreviver, buscando outros caminhos para o sustento dos seus lares (nem sempre tão doces quanto aparentam); sendo alegres e mesmo sobrevivendo, apesar da nossa realidade educacional ser uma das piores do mundo. Não devemos confundir conhecimento acadêmico com informação, ou seja, a falta desta agrava problemas relativamente simples de serem resolvidos sem a necessidade de diploma. Com isso, fica claro o potencial que têm hoje as novas mídias como a internet, um canal alternativo de informação, sendo a única saída aos modelos já estabelecidos onde o usuário pode interagir expondo seus pontos de vista. Um exemplo disto é a lista divulgada esta semana através de um email spam, estes circulam na internet, geralmente com piadas e juras de amizade, porém desta vez o seu conteúdo informava a todos nós eleitores (o voto é obrigatório…rsrs), quais são os candidatos que tem a ficha suja, manchada por algum crime ou acusados, fazendo algo que o TSE não fez e não pretende fazer…
Segue abaixo a famosa lista de políticos corruptos do Brasil, faça com ela o que bem entender.
|
||||
Você pode classificar por nome, cargo, partido e acusação.
|
||||
ID
|
NOME
|
CARGO
|
PARTIDO
|
ACUSAÇÃO OU CRIME A QUE RESPONDE
|
1
|
ABELARDO LUPION
|
Deputado
|
PFL-PR
|
Sonegação Fiscal
|
2
|
ADEMIR PRATES
|
Deputado
|
PDT-MG
|
Falsidade Ideológica
|
3
|
AELTON FREITAS
|
Senador
|
PL-MG
|
Crime de Responsabilidade e Estelionato
|
4
|
AIRTON ROVEDA
|
Deputado
|
PPS-PR
|
Peculato
|
5
|
ALBÉRICO FILHO
|
Deputado
|
PMDB-MA
|
Apropriação Indébita
|
6
|
ALCESTE ALMEIDA
|
Deputado
|
PTB-RR
|
Peculato e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
7
|
ALEX CANZIANI
|
Deputado
|
PTB-PR
|
Peculato
|
8
|
ALMEIDA DE JESUS
|
Deputado
|
PL-CE
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
9
|
ALMIR MOURA
|
Deputado
|
PFL-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
10
|
AMAURI GASQUES
|
Deputado
|
PL-SP
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
11
|
ANDRÉ ZACHAROW
|
Deputado
|
PMDB-PR
|
Improbidade Administrativa
|
12
|
ANÍBAL GOMES
|
Deputado
|
PMDB-CE
|
Improbidade Administrativa
|
13
|
ANTERO PAES DE BARROS
|
Senador
|
PSDB-MT
|
Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha
|
14
|
ANTÔNIO CARLOS PANNUNZIO
|
Deputado
|
PSDB-SP
|
Crime de Responsabilidade
|
15
|
ANTÔNIO JOAQUIM
|
Deputado
|
PSDB-MA
|
Improbidade Administrativa
|
16
|
BENEDITO DE LIRA
|
Deputado
|
PP-AL
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
17
|
BENEDITO DIAS
|
Deputado
|
PP-AP
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
18
|
BENJAMIN MARANHÃO
|
Deputado
|
PMDB-PB
|
Crime Eleitoral
|
19
|
BISPO WANDERVAL
|
Deputado
|
PL-SP
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
20
|
CABO JÚLIO (JÚLIO CÉSAR GOMES DOS SANTOS)
|
Deputado
|
PMDB-MG
|
Crime Militar, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
21
|
CARLOS ALBERTO LERÉIA
|
Deputado
|
PSDB-GO
|
Lesão Corporal
|
22
|
CELSO RUSSOMANNO
|
Deputado
|
PP-SP
|
Crime Eleitoral, Peculato e Agressão
|
23
|
CHICO DA PRINCESA (FRANCISCO OCTÁVIO BECKERT)
|
Deputado
|
PL-PR
|
Crime Eleitoral
|
24
|
CIRO NOGUEIRA
|
Deputado
|
PP-PI
|
Crime Contra a Ordem Tributária e Prevaricação
|
25
|
CLEONÂNCIO FONSECA
|
Deputado
|
PP-SE
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
26
|
CLÓVIS FECURY
|
Deputado
|
PFL-MA
|
Crime Contra a Ordem Tributária
|
27
|
CORIALANO SALES
|
Deputado
|
PFL-BA
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
28
|
DARCÍSIO PERONDI
|
Deputado
|
PMDB-RS
|
Improbidade Administrativa
|
29
|
DAVI ALCOLUMBRE
|
Deputado
|
PFL-AP
|
Corrupção Ativa
|
30
|
DILCEU SPERAFICO
|
Deputado
|
PP-PR
|
Apropriação Indébita
|
31
|
DOUTOR HELENO
|
Deputado
|
PSC-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
32
|
EDSON ANDRINO
|
Deputado
|
PMDB-SC
|
Crime de Responsabilidade
|
33
|
EDUARDO AZEREDO
|
Senador
|
PSDB-MG
|
Improbidade Administrativa
|
34
|
EDUARDO GOMES
|
Deputado
|
PSDB-TO
|
Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
35
|
EDUARDO SEABRA
|
Deputado
|
PTB-AP
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
36
|
ELIMAR MÁXIMO DAMASCENO
|
Deputado
|
PRONA-SP
|
Falsidade Ideológica
|
37
|
EDIR DE OLIVEIRA
|
Deputado
|
PTB-RS
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
38
|
EDNA MACEDO
|
Deputado
|
PTB-SP
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
39
|
ELAINE COSTA
|
Deputada
|
PTB-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
40
|
ELISEU PADILHA
|
Deputado
|
PMDB-RS
|
Corrupção Passiva
|
41
|
ENIVALDO RIBEIRO
|
Deputado
|
PP-PB
|
Crime Contra a Ordem Tributária, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
42
|
ÉRICO RIBEIRO
|
Deputado
|
PP-RS
|
Crime Contra a Ordem Tributária e Apropriação Indébita
|
43
|
FERNANDO ESTIMA
|
Deputado
|
PPS-SP
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
44
|
FERNANDO GONÇALVES
|
Deputado
|
PTB-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
45
|
GARIBALDI ALVES
|
Senador
|
PMDB-RN
|
Crime Eleitoral
|
46
|
GIACOBO (FERNANDO LUCIO GIACOBO)
|
Deputado
|
PL-PR
|
Crime Contra a Ordem Tributária e Seqüestro
|
47
|
GONZAGA PATRIOTA
|
Deputado
|
PSDB-PE
|
Apropriação Indébita
|
48
|
GUILHERME MENEZES
|
Deputado
|
PT-BA
|
Improbidade Administrativa
|
49
|
INALDO LEITÃO
|
Deputado
|
PL-PB
|
Crime Contra o Patrimônio, Declaração Falsa de Imposto de Renda
|
50
|
INOCÊNCIO DE OLIVEIRA
|
Deputado
|
PMDB-PE
|
Crime de Escravidão
|
51
|
IRAPUAN TEIXEIRA
|
Deputado
|
PP-SP
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
52
|
IRIS SIMÕES
|
Deputado
|
PTB-PR
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
53
|
ITAMAR SERPA
|
Deputado
|
PSDB-RJ
|
Crime Contra o Consumidor, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
54
|
ISAÍAS SILVESTRE
|
Deputado
|
PSB-MG
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
55
|
JACKSON BARRETO
|
Deputado
|
PTB-SE
|
Peculato e Improbidade Administrativa
|
56
|
JADER BARBALHO
|
Deputado
|
PMDB-PA
|
Improbidade Administrativa, Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Lavagem de Dinheiro
|
57
|
JAIME MARTINS
|
Deputado
|
PL-MG
|
Crime Eleitoral
|
58
|
JEFERSON CAMPOS
|
Deputado
|
PTB-SP
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
59
|
JOÃO BATISTA
|
Deputado
|
PP-SP
|
Falsidade Ideológica, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
60
|
JOÃO CALDAS
|
Deputado
|
PL-AL
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
61
|
JOÃO CORREIA
|
Deputado
|
PMDB-AC
|
Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
62
|
JOÃO HERRMANN NETO
|
Deputado
|
PDT-SP
|
Apropriação Indébita
|
63
|
JOÃO MAGNO
|
Deputado
|
PT-MG
|
Lavagem de Dinheiro
|
64
|
JOÃO MENDES DE JESUS
|
Deputado
|
PSB-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
65
|
JOÃO PAULO CUNHA
|
Deputado
|
PT-SP
|
Corrupção Passiva, Lavagem de Dinheiro e Peculato
|
66
|
JOÃO RIBEIRO
|
Senador
|
PL-TO
|
Peculato e Crime de Escravidão
|
67
|
JORGE PINHEIRO
|
Deputado
|
PL-DF
|
Crime Ambiental
|
68
|
JOSÉ DIVINO
|
Deputado
|
PRB-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
69
|
JOSÉ JANENE
|
Deputado
|
PP-PR
|
Estelionato, Improbidade Administrativa, Lavagem de Dinheiro, Corrupção Passiva, Formação de Quadrilha, Apropriação Indébita e Crime Eleitoral
|
70
|
JOSÉ LINHARES
|
Deputado
|
PP-CE
|
Improbidade Administrativa
|
71
|
JOSÉ MENTOR
|
Deputado
|
PT-SP
|
Corrupção Passiva
|
72
|
JOSÉ MILITÃO
|
Deputado
|
PTB-MG
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
73
|
JOSÉ PRIANTE
|
Deputado
|
PMDB-PA
|
Crime Contra o Sistema Financeiro
|
74
|
JOVAIR ARANTES
|
Deputado
|
PTB-GO
|
Improbidade Administrativa
|
75
|
JOVINO CÂNDIDO
|
Deputado
|
PV-SP
|
Improbidade Administrativa
|
76
|
JÚLIO CÉSAR
|
Deputado
|
PFL-PI
|
Peculato, Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Falsidade Ideológica
|
77
|
JÚLIO LOPES
|
Deputado
|
PP-RJ
|
Falsidade Ideológica
|
78
|
JÚNIOR BETÃO
|
Deputado
|
PL-AC
|
Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
79
|
JUVÊNCIO DA FONSECA
|
Deputado
|
PSDB-MS
|
Improbidade Administrativa
|
80
|
LAURA CARNEIRO
|
Deputada
|
PFL-RJ
|
Improbidade Administrativa e Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
81
|
LEONEL PAVAN
|
Senador
|
PSDB-SC
|
Contratação de Serviços Públicos Sem Licitação e Concussão
|
82
|
LIDEU ARAÚJO
|
Deputado
|
PP-SP
|
Crime Eleitoral
|
83
|
LINO ROSSI
|
Deputado
|
PP-MT
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
84
|
LÚCIA VÂNIA
|
Senadora
|
PSDB-GO
|
Peculato
|
85
|
LUIZ ANTÔNIO FLEURY
|
Deputado
|
PTB-SP
|
Improbidade Administrativa
|
86
|
LUPÉRCIO RAMOS
|
Deputado
|
PMDB-AM
|
Crime de Aborto
|
87
|
MÃO SANTA
|
Senador
|
PMDB-PI
|
Improbidade Administrativa
|
88
|
MARCELINO FRAGA
|
Deputado
|
PMDB-ES
|
Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
89
|
MARCELO CRIVELA
|
Senador
|
PRB-RJ
|
Crime Contra o Sistema Financeiro e Falsidade Ideológica
|
90
|
MARCELO TEIXEIRA
|
Deputado
|
PSDB-CE
|
Sonegação Fiscal
|
91
|
MÁRCIO REINALDO MOREIRA
|
Deputado
|
PP-MG
|
Crime Ambiental
|
92
|
MARCOS ABRAMO
|
Deputado
|
PP-SP
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
93
|
MÁRIO NEGROMONTE
|
Deputado
|
PP-BA
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
94
|
MAURÍCIO RABELO
|
Deputado
|
PL-TO
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
95
|
NÉLIO DIAS
|
Deputado
|
PP-RN
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
96
|
NELSON BORNIER
|
Deputado
|
PMDB-RJ
|
Improbidade Administrativa
|
97
|
NEUTON LIMA
|
Deputado
|
PTB-SP
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
98
|
NEY SUASSUNA
|
Senador
|
PMDB-PB
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
99
|
NILTON CAPIXABA
|
Deputado
|
PTB-RO
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
100
|
OSMÂNIO PEREIRA
|
Deputado
|
PTB-MG
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
101
|
OSVALDO REIS
|
Deputado
|
PMDB-TO
|
Apropriação Indébita
|
102
|
PASTOR AMARILDO
|
Deputado
|
PSC-TO
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
103
|
PAULO AFONSO
|
Deputado
|
PMDB-SC
|
Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Improbidade Administrativa
|
104
|
PAULO BALTAZAR
|
Deputado
|
PSB-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
105
|
PAULO FEIJÓ
|
Deputado
|
PSDB-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
106
|
PAULO JOSÉ GOUVEIA
|
Deputado
|
PL-RS
|
Porte Ilegal de Arma
|
107
|
PAULO LIMA
|
Deputado
|
PMDB-SP
|
Extorsão e Sonegação Fiscal
|
108
|
PAULO MAGALHÃES
|
Deputado
|
PFL-BA
|
Lesão Corporal
|
109
|
PEDRO HENRY
|
Deputado
|
PP-MT
|
Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Corrupção Passiva, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
110
|
PROFESSOR IRAPUAN
|
Deputado
|
PP-SP
|
Crime Eleitoral
|
111
|
PROFESSOR LUIZINHO
|
Deputado
|
PT-SP
|
Lavagem de Dinheiro
|
112
|
RAIMUNDO SANTOS
|
Deputado
|
PL-PA
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
113
|
REGINALDO GERMANO
|
Deputado
|
PP-BA
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
114
|
REINALDO BETÃO
|
Deputado
|
PL-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
115
|
REINALDO GRIPP
|
Deputado
|
PL-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
116
|
REMI TRINTA
|
Deputado
|
PL-MA
|
Estelionato e Crime Ambiental
|
117
|
RIBAMAR ALVES
|
Deputado
|
PSB-MA
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
118
|
RICARDO BARROS
|
Deputado
|
PP-PR
|
Sonegação Fiscal
|
119
|
RICARTE DE FREITAS
|
Deputado
|
PTB-MT
|
Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
120
|
RODOLFO TOURINHO
|
Senador
|
PFL-BA
|
Gestão Fraudulenta de Instituição Financeira
|
121
|
ROMERO JUCÁ
|
Senador
|
PMDB-RR
|
Improbidade Administrativa
|
122
|
ROMEU QUEIROZ
|
Deputado
|
PTB-MG
|
Corrupção Ativa, Corrupção Passiva e Lavagem de Dinheiro
|
123
|
RONALDO DIMAS
|
Deputado
|
PSDB-TO
|
Crime Eleitoral
|
124
|
SANDRO MABEL
|
Deputado
|
PL-GO
|
Crime Contra a Ordem Tributária
|
125
|
SUELY CAMPOS
|
Deputada
|
PP-RR
|
Crime Eleitoral
|
126
|
TATICO (JOSÉ FUSCALDI CESÍLIO)
|
Deputado
|
PTB-DF
|
Crime Contra a Ordem Tributária, Declaração Falsa de Imposto de Renda e Sonegação Fiscal
|
127
|
TETÉ BEZERRA
|
Deputado
|
PMDB-MT
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
128
|
THELMA DE OLIVEIRA
|
Deputada
|
PSDB-MT
|
Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha
|
129
|
VADÃO GOMES
|
Deputado
|
PP-SP
|
Improbidade Administrativa e Crime Contra a Ordem Tributária
|
130
|
VALDIR RAUPP
|
Senador
|
PMDB-RO
|
Peculato, Uso de Documento Falso, Crime Contra o Sistema Financeiro, Crime Eleitoral e Gestão Fraudulenta de Instituição Financeira
|
131
|
VALMIR AMARAL
|
Senador
|
PTB-DF
|
Apropriação Indébita
|
132
|
VANDERLEI ASSIS
|
Deputado
|
PP-SP
|
Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
133
|
VIEIRA REIS
|
Deputado
|
PRB-RJ
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
134
|
VITTORIO MEDIOLI
|
Deputado
|
PV-MG
|
Sonegação Fiscal
|
135
|
WANDERVAL SANTOS
|
Deputada
|
PL-SP
|
Corrupção Passiva
|
136
|
WELLINGTON FAGUNDES
|
Deputada
|
PL-MT
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
137
|
ZÉ GERARDO
|
Deputado
|
PMDB-CE
|
Crime de Responsabilidade
|
138
|
ZELINDA NOVAES
|
Deputada
|
PFL-BA
|
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
|
139
|
Ângela Guadagnin
|
Deputada
|
PT-SP
|
Dançarina do Plenário da Câmara, comemorando absolvição de corrupto
|
140
|
Antônio Palocci
|
Ex-Ministro
|
PT-SP
|
Quebra de Sigilo Bancário
|
141
|
Carlos Rodrigues
|
Ex-Deputado
|
PL-RJ
|
Bispo Rodrigues
|
142
|
Delúbio Soares
|
Tesoureiro
|
PT-GO
|
Ex Tesoureiro do PT
|
143
|
José Dirceu
|
Ex-Deputado
|
PT-SP
|
Coordenador do Mensalão
|
144
|
José Genoíno
|
Ex-Deputado
|
PT-SP
|
Mensalão, Dólares na Cueca
|
145
|
José Nobre Guimarães
|
DeputadoEst.
|
PT-CE
|
Dólares na Cueca (Agora Candidato a Dep. Federal)
|
146
|
Josias Gomes
|
Deputado
|
PT-BA
|
Mensalão, CPI dos Correios
|
147
|
Luiz Gushiken
|
Ex-Ministro
|
PT-SP
|
CPI dos Correios
|
148
|
Paulo Salim Maluf
|
Ex
|
PPB-SP
|
Corrupção, Falcatruas, Improbidade Administrativa, Desvio de Dinheiro Público, Lavagem de dinheiro
|
149
|
Paulo Pimenta
|
Deputado
|
PT-RS
|
Compra de Votos, Mensalão, CPI Correios
|
150
|
Pedro Corrêa
|
Ex-Deputado
|
PP-PE
|
Cassado em associação ao Escândalo do Mensalão, Compra de Votos
|
151
|
Roberto Brant
|
Deputado
|
PFL-MG
|
Crime Eleitoral, Mensalão, CPI Correios
|
152
|
Roberto Jefferson
|
Ex-Deputado
|
PTB-RJ
|
Mensalão
|
153
|
Severino Cavalcanti
|
Ex-Deputado
|
PP-PE
|
Escândalo do Mensalinho (Renuncio para evitar a cassação)
|
154
|
Silvio Pereira
|
SecretárioPT
|
PT
|
Mensalão
|
155
|
Valdemar Costa Neto
|
Exc-Deputado
|
PL-SP
|
Mensalão (renunciou para evitar a cassação)
|
Aquecimento Global: de quem é a culpa, Nossa ou do sol? abril 5, 2010
Posted by pedrocs20 in dicas, documentário, Download, mídia.add a comment
É um fato indiscutível que a temperatura do nosso planeta está aumentando desde a década de 70, porém, ao contrário do divulgado pela grande mídia, as causas desse aquecimento não foram comprovadas cientificamente, portanto, as emissões de co2 provindas das chaminés de indústrias com a queima do carvão mineral, freqüentemente alvo do discurso de ambientalistas, podem não ser a causa deste aquecimento. O documentário disponível abaixo para download, produzido pelo channel 4 da Inglaterra, mostra o surgimento desses estudos sobre a temperatura do planeta e como eles se tornaram um recurso político muito forte, capaz inclusive de gerar uma cultura global em torno do assunto que virou lugar comum em notícias de telejornal, documentários, partidos políticos e ONGs pelo mundo. Vale à pena conferir este vídeo que surge como foco de resistência no meio de tanta informação desencontrada que funciona como propaganda em favor de interesses políticos e financeiros.
link do emule: The Great Global warming swindle (legendado)
De Bonner para Homer novembro 5, 2009
Posted by pedrocs20 in artigos, mídia.add a comment
Recebi esse artigo no meu e-mail e resolvi postar aqui no blog, trata-se um artigo de Laurindo Lalo Leal Filho publicado na revista Carta Capital, edição número 371, de título: “De Bonner para Homer”
DE BONNER PARA HOMER
por Laurindo Lalo Leal Filho*
O editor-chefe considera o obtuso pai dos Simpsons como o espectador padrão do Jornal Nacional
Ele é preguiçoso, burro e passa o tempo no sofá, comendo rosquinhas e bebendo cerveja
Na reunião matinal, é Bonner quem decide o que vai ou não para o ar Pauta.
A decisão do juiz Livingsthon Machado, de soltar presos, é considerada coisa de louco
Perplexidade no ar. Um grupo de professores da USP está reunido em torno da mesa onde o apresentador de tevê William Bonner realiza a reunião de pauta matutina do Jornal Nacional, na quarta-feira, 23 de novembro.
Alguns custam a acreditar no que vêem e ouvem. A escolha dos principais assuntos a serem transmitidos para milhões de pessoas em todo o Brasil, dali a algumas horas, é feita superficialmente, quase sem discussão.
Os professores estão lá a convite da Rede Globo para conhecer um pouco do funcionamento do Jornal Nacional e algumas das instalações da empresa no Rio de Janeiro. São nove, de diferentes faculdades e foram convidados por terem dado palestras num curso de telejornalismo promovido pela emissora juntamente com a Escola de Comunicações e Artes da USP. Chegaram ao Rio no meio da manhã e do Santos Dumont uma van os levou ao Jardim Botânico.
A conversa com o apresentador, que é também editor-chefe do jornal, começa um pouco antes da reunião de pauta, ainda de pé numa ante-sala bem suprida de doces, salgados, sucos e café. E sua primeira informação viria a se tornar referência para todas as conversas seguintes. Depois de um simpático bom-dia , Bonner informa sobre uma pesquisa realizada pela Globo que identificou o perfil do telespectador médio do Jornal Nacional. Constatou-se que ele tem muita dificuldade para entender notícias complexas e pouca familiaridade com siglas como BNDES, por exemplo. Na redação, foi apelidado de Homer Simpson. Trata-se do simpático mas obtuso personagem dos Simpsons, uma das séries estadunidenses de maior sucesso na televisão em todo o mundo. Pai da família Simpson, Homer adora ficar no sofá, comendo rosquinhas e bebendo cerveja. É preguiçoso e tem o raciocínio lento.
A explicação inicial seria mais do que necessária. Daí para a frente o nome mais citado pelo editor-chefe do Jornal Nacional é o do senhor Simpson. Essa o Homer não vai entender , diz Bonner, com convicção, antes de rifar uma reportagem que, segundo ele, o telespectador brasileiro médio não compreenderia.
Mal-estar entre alguns professores. Dada a linha condutora dos trabalhos atender ao Homer , passa-se à reunião para discutir a pauta do dia. Na cabeceira, o editor-chefe; nas laterais, alguns jornalistas responsáveis por determinadas editorias e pela produção do jornal; e na tela instalada numa das paredes, imagens das redações de Nova York, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, com os seus representantes. Outras cidades também suprem o JN de notícias (Pequim, Porto Alegre, Roma), mas elas não entram nessa conversa eletrônica. E, num círculo maior, ainda ao redor da mesa, os professores convidados. É a teleconferência diária, acompanhada de perto pelos visitantes.
Todos recebem, por escrito, uma breve descrição dos temas oferecidos pelas praças (cidades onde se produzem reportagens para o jornal) que são analisados pelo editor-chefe. Esse resumo é transmitido logo cedo para o Rio e depois, na reunião, cada editor tenta explicar e defender as ofertas, mas eles não vão muito além do que está no papel. Ninguém contraria o chefe.
A primeira reportagem oferecida pela praça de Nova York trata da venda de óleo para calefação a baixo custo feita por uma empresa de petróleo da Venezuela para famílias pobres do estado de Massachusetts. O resumo da oferta jornalística informa que a empresa venezuelana, que tem 14 mil postos de gasolina nos Estados Unidos, separou 45 milhões de litros de combustível para serem vendidos em parcerias com ONGs locais a preços 40% mais baixos do que os praticados no mercado americano . Uma notícia de impacto social e político.
O editor-chefe do Jornal Nacional apenas pergunta se os jornalistas têm a posição do governo dos Estados Unidos antes de, rapidamente, dizer que considera a notícia imprópria para o jornal. E segue em frente.
Na seqüência, entre uma imitação do presidente Lula e da fala de um argentino, passa a defender com grande empolgação uma matéria oferecida pela praça de Belo Horizonte. Em Contagem, um juiz estava determinando a soltura de presos por falta de condições carcerárias. A argumentação do editor-chefe é sobre o perigo de criminosos voltarem às ruas. Esse juiz é um louco , chega a dizer, indignado. Nenhuma palavra sobre os motivos que levaram o magistrado a tomar essa medida e, muito menos, sobre a situação dos presídios no Brasil. A defesa da matéria é em cima do medo, sentimento que se espalha pelo País e rende preciosos pontos de audiência.
Sobre a greve dos peritos do INSS, que completava um mês matéria oferecida por São Paulo , o comentário gira em torno dos prejuízos causados ao órgão. Quantos segurados já poderiam ter voltado ao trabalho e, sem perícia, continuam onerando o INSS , ouve-se. E sobre os grevistas? Nada.
De Brasília é oferecida uma reportagem sobre a importância do superávit fiscal para reduzir a dívida pública . Um dos visitantes, o professor Gilson Schwartz, observou como a argumentação da proponente obedecia aos cânones econômicos ortodoxos e ressaltou a falta de visões alternativas no noticiário global.
Encerrada a reunião segue-se um tour pelas áreas técnica e jornalística, com a inevitável parada em torno da bancada onde o editor-chefe senta-se diariamente ao lado da esposa para falar ao Brasil. A visita inclui a passagem diante da tela do computador em que os índices de audiência chegam em tempo real. Líder eterna, a Globo pela manhã é assediada pelo Chaves mexicano, transmitido pelo SBT. Pelo menos é o que dizem os números do Ibope.
E no almoço, antes da sobremesa, chega o espelho do Jornal Nacional daquela noite (no jargão, espelho é a previsão das reportagens a serem transmitidas, relacionadas pela ordem de entrada e com a respectiva duração). Nenhuma grande novidade. A matéria dos presos libertados pelo juiz de Contagem abriria o jornal. E o óleo barato do Chávez venezuelano foi para o limbo.
Diante de saborosas tortas e antes de seguirem para o Projac o centro de produções de novelas, seriados e programas de auditório da Globo em Jacarepaguá os professores continuam ouvindo inúmeras referências ao Homer. A mesa é comprida e em torno dela notam-se alguns olhares constrangidos.
* Sociólogo e jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP
Se vc se considera um homer simpson, o jornal nacional é o seu principal canal de informação. Agora, para aqueles buscam informação de qualidade e responsabilidade, dou uma dica: Jornal da CNT com Sallete Lemos é uma alternativa
Jornalismo ético, estético e político junho 12, 2009
Posted by pedrocs20 in artigos, dicas, intervenção, mídia.1 comment so far
Esse texto foi enviado para a jornalista Sallete Lemos, apresentadora do CNT jornal, se houver uma resposta eu publico aqui.
Tenho algumas considerações e elogios para fazer a respeito do modo como o CNT jornal é apresentado e produzido, entretanto, prefiro fazer isso através de um texto de uma possível conversa entre um suposto subordinado e seu chefe… segue o texto:
Chefe:
– A princípio nós achávamos que era necessário um combate extremo a qualquer tipo de oposição ( eliminação mesmo) e para sempre, mas a história nos mostrou que isso não dá certo, ou seja, quando o controle se apresenta “as claras” e de forma radical, a resistência surge, cresce e chega a nos ameaçar. Por isso a maneira correta de se agir é devagar, amansando a fera com calma, dia a dia, nos tornando, de certa forma, imperceptíveis. Para o povo (aqueles que por característica acordam mais cedo), já existe uma eficaz e barata forma da manutenção do silêncio e passividade: A mídia, É ela que aliena e os deixa totalmente dóceis e prontos para o trabalho e olha!!, Você não imagina as maravilhas que se pode fazer com a manipulação das notícias, são realmente fantásticos os resultados que são obtidos e as possibilidades são infinitas…
Subordinado:
– Ora, mas com esse poder todo, quem realmente manda são os grandes veículos de comunicação!! E quanto agente chefe?? Não devíamos evitar toda essa força?
Chefe:
– Então a conclusão que você tira é a de que a mídia controla tudo? Acho que você não prestou a atenção meu caro: eu e meus parceiros controlamos as rádios, TV’s, a internet, tudo!! Temos interesses muito grandes para deixar na mão de qualquer jornalzinho. O que um jornalista mais gosta? Eu respondo: dinheiro!! , por traz desse discurso ridículo que eles ficam fazendo sobre a ética existe um bando de mercenário, é mais fácil controlá-los do que o povo propriamente dito.
Subordinado:
-E como fazer para controlar a mídia?
Chefe:
– Bom, a mídia ou os meios de comunicação são empresa assim como uma fábrica ou indústria , ou seja, que visa o lucro acima de tudo, acontece que diferentemente de outros setores a imprensa tem algumas características peculiares e interessantes. É ela que informa ao povo o que está acontecendo e todas as notícias são tidas como verdadeiras, mas é claro que os fatos já foram distorcidos e que os nossos interesses já foram preservados sob a pena da perda dos patrocinadores, dos investimentos e concessões governamentais.
Subordinado:
– Ahhh entendi, então está tudo sobre controle não é mesmo chefe?
Chefe:
– Calma!! Alto lá, esta é uma batalha constante, nós somos grandes? Sim, porém, sempre surgem os temidos focos de resistência, seja por parte do povo ou de algum jornalista ético, ou melhor, burro que não aceita as regras do nosso jogo. Eles vêm com aquela baboseira de democracia, de soberania nacional, etc, etc….Um exemplo é a jornalista Sallete Lemos da CNT, mas eu estou de olho no que ela diz…não se preocupe. (heheheheheheh..)
Sallete, meu nome é Pedro Cavalcanti, sou do Rio de Janeiro e assisto ao CNT jornal sempre que posso, gosto muito dos seus comentários. Acredito que esse tipo de jornalismo se dá em forma de resistência aos modelos de mídia aos quais o povo brasileiro está exposto no horário nobre. Adorei a última matéria sobre a poluição da Bahia de Guanabara. É bom saber que é possível um telejornal sem pseudo-neutralidade e sem uma pauta alienante como ocorre nas outras emissoras. Eu espero que nenhuma “força oculta” te capture e modifique a sua forma de fazer telejornal.
Um beijo
Ps: aguardo resposta
Pró-Conferência Nacional de Comunicação dezembro 8, 2008
Posted by pedrocs20 in mídia.Tags: mídia, resistência, sites, subjetivação
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As telecomunicações no Brasil estão nas mãos de poucas famílias e esse poder é passado de pai para filho, portanto, é fácil perceber o porquê de uma programação tão pobre e com tanta falta de opção como é a da nossa tv aberta atual. Anualmente são realizadas conferências de comunicação e logicamente os participantes do debate são empresários da área, “especialistas” em tv, jornalistas e etc , enfim todos aqueles envolvidos na produção atual da nossa tv, ou melhor na mera reprodução dos modelos internacionais. Quando surge algum tipo de resistência, como é o caso das rádios comunitárias que em sua maioria têm uma programação diferenciada e criativa, logo surge um discurso sobre a legalidade e esses veículos são rotuladas como “piratas”, entretanto o fato é que o seu crescimento tirou muito da audiência das grandes e tradicionais rádios ligadas as poucas famílias detentoras das telecomunicações em nosso país. É por essa razão que um grupo de entidades da sociedade civil realiza um movimento nacional em prol de uma conferência nacional de comunicação que tenha a efetiva participação da sociedade no intuito de reivindicar alguns pontos como os modelos e valores disseminados pela mídia, em geral: excludente da mulher, caricatural do negro/pobre, do homossexual ou de qualquer outra diferença do modelo Brancoeuropeumachorico que se encontra no centro da nossa sociedade.
Vale a pena dar uma olhada nas propostas no site do Movimento Pró-conferência nacional de comunicação
Nardoni, Eloá e o amor. Isso existe? novembro 7, 2008
Posted by pedrocs20 in mídia.Tags: mídia, sociedade de controle, subjetivação
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Em casos como o do sequestro da jovem Eloá Cristina Pimentel ou do assassinato de Isabella Nardoni, onde um circo é montado em torno da investigação policial e a todo momento e em todas as mídias possíveis são divulgadas notícias “do maior interesse da população”, surgem comentários e longas discussões sobre os crimes, onde aparecem advogados, psiquiatras, psicólogos, legistas, ex bbb’s, sociólogos e etc. Constantemente em qualquer uma dessas mesas redondas surge uma palavra que é muito popular em todo o mundo, mas que ninguém sabe dizer o que é ou como acontece e quando acontece, mas muita gente acredita que exista concretamente e nunca se questionou sobre o assunto. Essa palavra, para acabar com o suspense e a sua curiosidade é a palavra AMOR, sim , caros leitores deste humilde blog, esta palavra que alguns poetas cismam em tentar explicar em verso e prosa e que faz os cd’s de pagode vender como água. Na verdade o amor é um conceito com vários vieses e com uma multiplicidade de formas e idéias que surgem a cada segundo, a cada novo encontro, pois é a tentativa reducionista de por em uma palavra todas as sensações. Este conceito é tão disseminado pelos meios de comunicação e naturalizado que “por amor” as pessoas matam, se matam, enlouquecem ( nas mais variadas formas de loucura devidamente catalogadas em compêndios de psiquiatria), viram poetas, escritores, cantores e,e,e…Em uma sociedade como a nossa, essa idéia parte de centros de poderosas instituições como a igreja católica, que tem o casamento como um dos principais signos, este se mistura com a noção de família e atravessa todas as relações entre homem e mulher e é hoje inclusive reivindicada como direito por pessoas do mesmo sexo. Não é meu objetivo aqui, analisar de forma detalhada como se deu e ainda se dá essa naturalização e a disseminação secular do conceito de amor (romântico ou não). O objetivo deste post é problematizar e denunciar uma ridícula porém incansável discussão midiática sobre o tema que aparece sempre nesses casos onde a “família brasileira”, “o amor” e a igreja se vêem ameaçados e questionados. O desgaste destes centros já é notório, porém, os discursos retornam à qualquer momento, basta que a pauta do dia seja o assassinato de uma filha por parte de seu pai ou o sequestro da namorada por parte do namorado e logo surgem falas do tipo “Esse pai não amava a filha” ou “Isso que ele sentia pela Eloá não era amor” e antes que digam que o autor deste post também não sabe o que é isso, eu digo: eu realmente não sei o que é amor, entretanto, eu sei o que é prazer, afecto, carinho..desejo…sexo..relacionamento, sociedade, compromisso, igreja, casamento e etc. A imensa página que resulta da busca no wikipédia no link acima, funciona como um elemento analisador. Não é a toa que o “eu te amo” dito em momentos “ideais” pode mudar a vida de pessoas ou talvez causar a morte de outras.